terça-feira, 14 de agosto de 2012

Castidade e Pudor





“O pudor se ordena à castidade, mas não como uma  virtude  distinta  dela,  mas  como  uma  circunstância  especial.  De  fato,  na linguagem  comum,  se  toma  indistintamente  uma  pela  outra”

A castidade é uma virtude que, movida pela caridade, orienta ao bem o impulso procriativo humano, tanto em seus aspectos físicos como afetivos. Implica, pois, para o homem em liberdade, domínio e respeito de si mesmo, assim como caridade e respeito para os outros, que não são vistos como objetos, mas como pessoas. Como é uma virtude, a castidade é uma força espiritual na pessoa, uma inclinação boa, uma facilidade  para  o  bem  próprio  de  sua  honestidade,  e  consequentemente  uma repugnância em relação à luxúria que lhe é contrária.



E um aspecto da castidade é o pudor. Enquanto a castidade modera o impulso procriativo, o pudor ordena mais propriamente os olhares, os gestos, os vestidos, as conversações, quer dizer, todo um conjunto de circunstâncias que está mais ou menos em relação com aquele impulso sexual.

Por isto diz Santo Tomás que “o pudor se ordena à castidade, mas não como uma  virtude  distinta  dela,  mas  como  uma  circunstância  especial.  De  fato,  na linguagem  comum,  se  toma  indistintamente  uma  pela  outra”  (Summ  Thlg. II-II, 151,4).

Pio XII ensina que o sentido do pudor consiste “na inata e mais ou menos consciente tendência de cada um a defender da indiscriminada concupiscência das demais pessoas um bem físico próprio, a fim de reservá-lo, com prudente seleção de circunstâncias, aos sábios fins do Criador, por Ele mesmo postos sob o escudo da castidade e da modéstia” (Disc. 8-XI-1957: AAS 49, 1957, 1013).


(Livro Elogio ao Pudor - José María Iraburu)


Para download do livro completo, clique aqui.

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