terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Santa Bernadete: Inocência e Sabedoria



Paulo Francisco Martos

Ainda há algumas déca­. 'das, era comum encontrar-se o brilho da ino­cência no rosto de crianças e até de pessoas não muito jovens. O sorriso puro, o olhar límpido, a compostura dos gestos e mo­dos, a louçania das atitudes indicavam a transparência da alma que não maculara sua ves­te batismal.
Como isso vai rareando! Incontável número de crian­ças perde a inocência logo nos primeiros embates da vida. Grande responsabilida­de por esse gravissimo dano é da televisão, a qual, com seus programas vulgares, obscenos e violentos, pode ser chamada de verdadeira exterminadora da inocência.

Comparação chocante

Observe, caro leitor, as fotografias de Santa Bernade­te Soubirous. Na foto ao lado - colhida três anos após as aparições -, ela estava com 17 anos de idade. Embora fosse uma pastora paupérri­ma e analfabeta, seu traje é digno, limpo, recatado. Sua fisionomia - os olhos sobre­tudo, que são o espelho da alma - exprime pureza, reti­dão, bondade. Em suma, é uma jovem inocente.

Na outra fotografia a Santa Bernadete estava de partida para a cidade de Ne­vers, a fim de se tomar religiosa -, vê-se que sua inocência desabrochou em outras virtudes. Sua face virgi­nal indica também seriedade, firmeza, combatividade, amor à Cruz, desejo ardente do Céu.


Compare agora essas fo­tografias com tantas jovens de hoje em dia. Quantas delas têm costumes livres, modos de vestir con­trários ao pudor, atitudes vulgares, conversação chula, quando não direta­mente lúbrica, que revelam almas de há muito rompidas com sua integrida­de batismal.

Tal comparação nos conduz à per­gunta: o que vem a ser a inocência?

Etimologia da palavra

Recorramos à etimologia, para co­nhecer bem o sentido da palavra.

Inocência vem do latim: in (nega­ção) e nocentia (maldade). A inocên­cia, portanto, é a qualidade da alma isenta do mal. É integra, temperante, reta. O que a caracteriza é a posse de todas as virtudes, pelo menos em esta­do germinativo.

Nosso Senhor Jesus Cristo é a pró­pria Inocência. Nossa Senhora, a cria­tura inocente no mais alto grau. E os santos, ou sempre a conservaram, ou restauraram a inocência perdida, amando-a mais do que a menina de seus olhos.

A restauração da inocência, após a queda original, não significa a reaqui­sição do chamado estado de inocên­cia, que era a situação na qual se encontravam Adão e Eva, no Paraiso terrestre, antes daquele pecado. Tal estado supunha a posse dos dons pre­ternaturais (ver quadro Inocência: sentido teológico).

Deturpação do conceito de inocência

É próprio da Revolução anticristã adulterar o sentido de todas as coisas. Assim, a noção de inocênCia foi distor­cida pelo espirito revolucionário, insinuando-se ou dizendo-se claramente que ela se aplica apenas às crianças. E, como conseqüência, inocência é sinô­nimo de ingenuidade, infantilidade, bobice.

Na realidade, a inocência é o opos­to disso. A pessoa verdadeiramente inocente é ao mesmo tempo sagaz, firme, séria, refletida, sapiencial. E, sobretudo, a inocência não é uma Virtude apenas de crianças, mas deve de­sabrochar em todas as virtudes, ao longo da vida, como é o caso de Santa Bernadete.

Restauração da inocência

Quem teve a desgraça de perder a inocência, precisa rezar, fazer pen!­tência e lutar arduamente por readqUl­ri-Ia.

Santa Maria Madalena é exemplo belíssimo de inocência readquirida. De pecadora pública, ela se deixou de tal maneira inflamar de amor por Deus, que a única razão de sua vida passou a ,er penitenciar-se por seus pecados anteriores, bem como louvar, reveren­ciar e servir ao Divino Mestre.

Santo Agostinho caiu muitas vezes em pecados de sensualidade e, pior, chegou a precipitar-se no abismo d.a heresia maniquéia. Mas, pelas lágn­mas de sua mãe, Santa Mônica, e pelo apostolado de Santo Ambrósio, ele correspondeu à graça, converteu-se, santificou-se, tornando-se um dos maiores luzeiros da Santa Igreja.

Portanto, mesmo que nossas que­das tenham sido contra a Fé católica ­pecados muitissimo mais graves que a impureza -, não devemos Ja­mais desanimar.
Convém esclarecer, entretanto, que a inocência não se identifica com castidade, como muitos poderiam pen­sar. A inocência é mais alta, mais nobre, mais abarcativa do que a castidade. Todo inocente é casto; mas nem todo casto tem inocência. Diz-se que Robespierre - o facinora que domi­nou o governo na era do Terror, du­rante a Revolução Francesa - era casto ...
A inocência talvez pudesse ser comparada à opala, enquanto a virtude da pureza seria umas das irisações da­quela pedra.

Sabedoria: fruto da inocência

Um dos mais preciosos frutos da inocência é a virtude e o dom da sabedoria, mediante os quais a alma sempre procura - com gos­to, com sabor (daí a palavra sabe­doria) - o aspecto mais elevado de todas as coisas. A pessoa sapiencial está continuamente voltada para o sublime.

Sabedoria não se confunde com instrução. Para adquiri-Ia não é preciso freqüentar escolas, obter diplomas ou ler muitos livros. Bas­ta seguir com perfeição o preceito dado pelo Criador a Moisés: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, e de toda a tua alma, e com toda a tua força" (Deut. 6, 5).

"O primeiro olhar" 

O grande teólogo francês, Pa­dre Garrigou-Lagrange OP (1877­1964), em seu livro O Senso co­mum, dedicou um capítulo ao tema da inocência. O titulo do capítulo O primeiro olhar visa designar a inocência, revelando igualmente o interesse do autor em investigar as raízes da mencionada virtude na alma humana. Essas páginas tam­bém demonstram a importância que concedia ao tema inocência um dos luminares da teologia e da es­piritualidade contemporâneas.

O Padre Garrigou-Lagrange le­cionou durante 51 anos no Angeli­cum, famoso instituto teológico de Roma. Foi diretor espiritual de Madre Chiquinha do Rio Negro, brasileira, fundadora de uma con­gregaçãoreligiosa em Roma,. Fale­cida em odor de santidade. Visitou nossa Pátria no início da década de 30.

Alguns exemplos da vida de Santa Bernadete ilustram bem todas essas noções, revelando ao vivo, a sabedoria e vigor da alma inocente.

O delegado de polícia tremia

Simples pastora, Bernadete não sabia ler nem escrever, ao se iniciarem as aparições de Nossa Senhora, em 11 de fevereiro de 1858. Nem mesmo falava ela o francês; apenas o patois, o dialeto local. Tinha catorze anos de idade, e ainda não recebera a Primeira Comunhão.
Entretanto, quando foi intimada a depor na polícia ­à noitinha do domingo 21 de fevereiro de 1858, dia da sexta aparição - sua inocência confundiu o orgulhoso delegado Jacomet. Este havia colocado em prisão, durante quinze dias, no ano anterior, o pai de Santa Bernadete, Francisco Soubirous, o qual fora acusado injustamente de ter furtado uma viga de madeira abandonada. A inculpabilidade de Francisco foi, aliás, reconhecida pelo juiz, que mandou arquivar o processo por falta de matéria criminal.

Jacomet crivou Santa Bernadete d.e perguntas. Quando indagou a idade da vidente, esta afirmou que não sabia exatamente se tinha treze ou catorze anos ... Depois do longo e penoso interrogatório, o delegado começou a ler o depoimento, mas alterando propositadamente as palavras de Bernadete. A santa corrigiu-o com firmeza e segurança, e repetiu fielmente o que dissera. Jacomet ameaçou prendê-la, mas ela se manteve tranqüila.

Tal foi a brutalidade e insolência de Jacomet, que este chegou a dizer à inocente jovem: "Você arrasta todo mundo atrás de si, você quer tornar­se uma pequena meretriz".(1) Utilizamos no final dessa frase uma palavra que pode ser. consignada numa revista católica. Mas o leitor deve ter presente que o delegado empregou o termo chu­lo correspondente.

O rumor de que Bernadete podia ser presa correu como um rastilho de pólvora na pequena e pacata Lourdes. Uma multidão aglomerou-se diante da delegacia, começou a gritar e desferir golpes nas portas e janelas, exigindo que Jacomet libertasse Bernadete.

O pai da vidente entrou na delegacia para proteger a filha, e o iníquo Jacomet também ameaçou-o de prisão, caso não proibisse Bernadete de voltar à gruta de Massabielle, onde se davam as aparições de Nossa Senhora.
Terminado o interrogatório policial, Santa Bernadete estava calma e distendida, enquanto o delegado tremia ... Aqui bem se aplica a frase da Sagrada Escritura: "O caminho do Senhor é à fortaleza do inocente, mas o terror dos malfeitores" (Prov. 10,29).

Ao sair da delegacia, Santa Bernadete foi cercada pelo povinho, que lhe fez muitas perguntas. Sempre amável, ela sorriu.
- O que te diverte? ­indagou alguém.

Num comentário característico da alma inocente, a santa observou: "O delegado tremia; ele tinha em sua boina um pingente que fazia tintim".(2)

O procurador imperial não encontra o buraco do tinteiro

As repercussões dos fatos ocorridos na gruta de Massabielle foram imensas em toda a França. Os milagres estupendos ali operados representavam um terrível golpe no ateísmo que grassava no século XIX, sob o nome de racionalismo.

Assim, o próprio Chefe de Estado francês, Luís Napoleão Bonaparte - que utilizava o título caricato de Napoleão III -, enviou a Lourdes o procurador Vital Dutour, a fim de interrogar a vidente.

Imagine o leitor o que significava para a minúscula cidade de Lourdes a chegada de um enviado de Napoleão III, o qual, apesar de ter idéias socialistas, gozava então de grande prestígio. Ser interrogado por Dutour causaria temor e talvez até pavor em qualquer habitante de Lourdes. Menos na inocente Bernadete ...

O interrogatório foi realizado em 25 de fevereiro de 1858, no mesmo dia da nona aparição, na qual a Santíssima Virgem ordenara a Santa Bernadete que bebesse água da gruta, ali se lavasse e também comesse um pouco de erva silvestre existente nas encostas do rochedo. Para cumprir a ordem de Nossa Senhora - que lhe era incompreensível, pois não havia água nenhuma na gruta - Bernadete esgravatou a terra e, tomando com o côncavo da mão a água lamacenta que apareceu, bebeu-a; depois, repetindo a operação, lambuzou o rosto. O gesto pareceu a muitos um ato de insanidade da vidente. Mas foi a origem da famosa fonte de Lourdes, procurada hoje por cinco milhões de peregrinos anualmente ...

Naquele tempo, usava-se para escrever uma pena de pato ou de ganso, bem como tinteiro com um orifício através do qual se alimentava a pena.

Dutour iniciou as perguntas com cortesiaa e até com benevolência.' fazendo muitas anotações nos papéis colocados sobre a escrivaninha. Mas, como fizera Jacomet, ele distorceu as palavras de Bernadete. Lendo-as para a santa, esta protestou energicamente, corrigindo o procurador e repetindo com exatidão o que afirmara.

O procurador imperial ficou inseguro diante daqueles olhos límpidos que o julgavam. Tomado pela irritação, disse bruscamente à santa: "Você comeu hera, como fazem os animais".

Santa Bernadete sabia perfeitamente que Nossa Senhora lhe dera essa ordem, para que a vidente demonstrasse sua humildade e obediência. Mas para o procurador ela nada revelou e apenas sorriu candidamente.
Tal foi o desconcerto de Dutour que sua mãos começaram a tremer, e ele não conseguiu mais encontrar o buraco do tinteiro para ali colocar a pena ...

Depois de ameaçá-la de prisão e, vendo a firmeza e a calma de Bernadete, Dutour tremia cada vez mais. E acabou por desistir de encontrar o buraco do tinteiro, deixando a pena sobre a escrivaninha.

Bernadete sorriu, mostrando mais uma vez sua segurança interior, fruto de sua inocência.
Chegando ao cachot - antiga prisão de Lourdes, onde residia a família Soubirous -, uma jovem perguntou a Santa Bernadete:
"- Então, você confessou?
"- Sim, eu disse a verdade; eles falam mentiras".
E, pensando nos traços feitos pelo procurador nos papéis colocados sobre a escrivaninha, a santa perguntou:
"- Quando não se escreve bem, fazem-se cruzinhas? O senhor procurador fazia continuamente cruzinhas" (3).

As cruzinhas indicam bem o desconcerto do procurador Dutour, ao passo que Bernadete . conservava - em meio a toda pressão psicológica do interrogatório - pleno domínio de si, a ponto de ainda poder observar candidamente o gesto nervoso continuo de seu atrabiliário inquiridor.

Luís Veulllot: "Sou um miserável"


O célebre polemista católico Luís Veuillot, que muito combateu o liberalismo no século passado, foi duas vezes a Lourdes para conversar com Santa Bernadete. Ele estava então no apogeu de sua glória, pois havia prestado muitos serviços à Igreja e à França.

As autoridades eclesiásticas proibiram o notável escritor de tratar com Santa Bernadete o assunto das aparições. Assim, as entrevistas se desenrolaram sobre temas de somenos importância. Mas o arguto publicista percebeu claramente que estava diante de uma santa e, logo após a primeira conversa) em 28 de julho de 1858, afirmou: "E uma ignorante. Mas ela vale mais do que eu, pois sou um miserável "(4)".


Inocência: sentido teológico 
Do ponto de vista estritamente teológico, o termo inocência deriva da expressão estado de inocência, que era a situação desfrutada por Adão e Eva no Paraíso terrestre, antes do pecado original.

Esse estado de inocência comportava os dons preternaturais, a saber: o homem, quanto a seu corpo, era preservado da dor e da morte; e, quanto à sua alma, estava isento da concupiscência desordenada e da ignorância.

No presente artigo, o termo inocência é empregado no sentido comum ou corrente, que está mais vinculado à acepção etimológica. Entretanto, convém acentuar que mesmo
esse sentido comum da palavra supõe que a inocência - após a perda do estado de inocência devido ao pecado original - reprime a concupiscência desordenada e, de certo modo, sana a ignorância pela prática da virtude e do dom da sabedoria.

O sacramento do Batismo nos obtém a remissão do pecado original, mas não restaura o estado de inocência em sua integridade, nem restabelece os quatro dons preternaturais su­pra citados, anexos àquele estado. Assim, muitos dos efeitos do pecado original permanecem no homem, como o trabalho penoso, as doenças e a morte, e sobretudo a inclinação ao pecado, contra a qual devemos lutar, com a indispensável ajuda da graça divina.

O sacramento da Penitência, por sua vez, perdoa os pecados que come- temos depois do Batismo. Analogamente, porém, não restaura em nós a inocência batismal, pois o pecado atual, ou pessoal - assim chamado para distinguir do pecado original ­deixa em nossa alma marcas mais profundas, ou menos, que só uma vida de séria e contínua penitência pode apagar.

A restauração da inocência - à qual se alude no presente artigo - é uma graça muito especial que Deus concede como prêmio dessa vida de penitência, e corresponde a uma limpidez de alma equivalente à da inocência batismal.

Algumas almas muito penitentes têm sido favorecidas com esse dom especialíssimo, como se conta na vida de Santa Margarida de Cortona, por exemplo.

O tema é amplo e profundo, e comportaria uma explanação mais extensa. O que foi dito é suficiente para o leitor se situar na problemática deste artigo.

Todos nós, pecadores, podemos repetir as palavras de Luís Veuillot: somos miseráveis.
O grande Doutor mariano e famoso missionário do século XVIII, São Luis Maria Grignion de Montfort, vai muito mais longe, dizendo que todo homem é um "vermezinho e miserável pecador" (5).

Compenetrados desta verdade, elevemos nossas almas ao Céu e peçamos a Santa Bernadete que nos obtenha de Nossa Senhora a restauração da insigne virtude da inocência, caso a tenhamos perdido. E que a santa vidente de Lourdes alcance de Maria Virgem a preservação dessa virtude em nossa alma, se ela for inocente.

Se cada um de nós for verdadeiramente inocente, pela ação da graça divina - somente concedida através de Nossa Senhora - este vermezinho poderá trans­formar-se num leão, incutindo terror nos inimigos da Santa Igreja e da Civilização Cristã, e trilhará a bendita senda que conduz à santidade.



DATAS DAS APARIÇÕES E PALAVRAS DE NOSSA SENHORA EM LOURDES. ANO: 1858
11 de fevereiro: primeira aparição.
14 de fevereiro: segunda aparição.
18 de fevereiro: terceira aparição.
1) Isto não é necessário, em resposta à pergunta de Bernadete: "Vós poderíeis ter a bondade de pôr vosso nome por escrito?"
Vós poderíeis fazer o favor de vir aqui durante quinze dias?
3) Eu não vos prometo tomar feliz neste mundo, mas no outro.
19 de fevereiro: quarta aparição.
20 de fevereiro: quinta aparição.
21 de fevereiro: sexta aparição.
23 de fevereiro: sétima aparição.
24 de fevereiro: oitava aparição.
25 de fevereiro: nona aparição.
Ide beber na fonte e ali vos lavar.
5) Vós comereis daquela erva que ali está.
27 de fevereiro: décima aparição.
28 de fevereiro: 11ª aparição.
6) Penitência! Penitência! Penitência!
Vós rezareis a Deus pelos pecadores.
Ide beijar o chão em penitência pela conversão dos pecadores.
1º de março12ª aparição.
2 de março: 13 aparição.
9) Ide dizer aos padres que se venha aqui em procissão e que se construa aqui uma capela.
Ide dizer aos padres para construírem aqui uma capela.
3 de março: 148 aparição.
4 de março: 158 aparição.
25 de março: 168 aparição.
11) Eu sou a Imaculada Conceição.
7 de abril: 178 aparição.
16 de julho: 188 e última aparição. Palavras de Nossa Senhora em datas incertas:
Eu vos proíbo de dizer isso a qualquer pessoa.
Essas palavras referem-se aos três segredos e à oração secreta. Nossa Senhora repetiu-as várias vezes.
(Padre René Laurentin, Bernadette vaus parle, P. Lethielleux. Lour­des, 1972, vo. lI, p. 298).

NOTAS:
I. Padre René Laurentin, Bernadette vaus parle, P. Lethielleux, Lourdes, 1972, voI. I, p. 66.
2. Idem, p. 69.
3. Idem, p. 90.
4. Idem, p. 178.
5. Trecho da Consagração a Jesus Cristo, a Sabedoria Encarnada, pelas mãos de Maria, in Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, Editora Vozes, Petrópolis, 1974,88 ed, p. 282.

Fonte: Católicismo

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