Na audiência geral o Papa fala sobre a oração em santo Afonso Maria de
Ligório
O convite a «bater com confiança à
porta do Senhor, sabendo que Ele cuida dos seus filhos», foi dirigido pelo Papa
aos fiéis que participaram na audiência geral de quarta-feira 1 de Agosto, na
praça da Liberdade, em Castel Gandolfo. Retomando os encontros semanais depois
da pausa de Verão – a última audiência geral foi realizada a 27 de Junho no
Vaticano – o Pontífice dedicou a catequese ao ensinamento de santo Afonso Maria
de Ligório, bispo e doutor da Igreja, cuja memória litúrgica celebra-se a
1 de Agosto.
Santo entre os mais populares do século
XVIII, Afonso é conhecido sobretudo pela sua doutrina acerca do sacramento da
penitência – na qual via manifestado «o abraço jubiloso de Deus Pai que na sua
misericórdia infinita não se cansa de acolher cada filho arrependido»
– e pelo seu ensinamento sobre a oração, que ele descrevia como «o
meio necessário e seguro para alcançar a salvação e todas as graças das quais
temos necessidade».
«Quem reza salva-se, quem não
reza condena-se!». Ao recordar ao famoso axioma de santo Afonso, o
Pontífice realçou que «em todas as situações da vida não se pode deixar de
rezar, sobretudo nos momentos de provação e dificuldade». O homem não deve
temer dirigir-se ao Senhor: «Somos convidados – exortou Bento XVI – a não
ter medo de recorrer a Ele e de lhe apresentar com confiança os
nossos pedidos, na certeza de que obteremos aquilo de que precisamos».
Mas, perguntou-se o Papa, «o que é
deveras necessário na minha vida?». Mais uma vez a resposta é encontrada
em santo Afonso: «A saúde e todas as graças que lhe são essenciais». Com estas
palavras, explicou o Pontífice, entende-se «não só a saúde do corpo mas antes
de tudo a da alma, que Jesus nos doa». Mais do que qualquer coisa, realçou,
«temos necessidade da sua presença libertadora que torna deveras plenamente
humana, e portanto cheia de alegria, a nossa existência». Porque só com a
humildade da oração e a confiança na sua misericórdia, concluiu, «pode crescer
em nós a presença divina que orienta o nosso caminho, o ilumina e torna seguro
e sereno, até no meio das dificuldades e perigos».
Fonte: L'Osservatore Romano
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