O
maior número de graças obtidas por intermédio da medalha de São Bento refere-se
à conversão súbita e pecadores que anteriormente haviam resistido a todas as
tentativas. Citaremos aqui somente alguns casos.
Em
1859, uma infeliz mulher foi comunicar seus dissabores a uma pessoa que
conhecia as virtudes da medalha de São Bento.
O
marido dessa mulher, trabalhador aliás honesto, tinha o péssimo costume de
beber. Tudo quanto ganhavam ambos mal chegava ao fim da semana, e reinava,
naquele lar, extrema miséria.
A
pessoa de que acabamos de falar deu à mulher uma medalha de São Bento e lhe
aconselhou que tocasse com a mesma a garrafa de vinho que punha à mesa ao lado
do marido, e que ela bebesse somente água pura.
O
marido, apenas acabou de beber, exclamou: “Que
vinho horroroso! Prefiro beber água! Mas deixa estar que mais tarde descontarei
isso”.
De
fato, levantou-se da mesa, pediu dinheiro e foi logo a taverna vizinha, de onde
costumava voltar altas horas, sempre embriagado.
Mas
quinze minutos depois entra em casa e diz à mulher: “Parece uma conspiração contra mim; o vinho da taverna está ainda pior
que o nosso”.
Passou calmo a noite. No dia seguinte, e daí em
diante, a água ficou sendo a bebida habitual dele. A mulher, que era boa
cristã, em breve conseguiu que ele passasse a cumprir seus deveres religiosos.
No
mesmo ano de 1859, uma mulher octogenária
declarara querer morrer sem confissão, e já havia mais de sessenta anos que não
se aproximava dos Sacramentos.
O
Sacerdote, que fora chamado por um amigo, já dava como certo que ela recusaria
seu ministério. Mas alguém lhe pôs na mão uma medalha de São Bento, dizendo: “Ide, não receeis”.
A
velha volta o rosto para a parede e diz em voz alta: “Vou dormir”.
O
Sacerdote lhe responde: “Tomais esta
medalha e dormi; eu vou rezar”. E pôs-se de joelhos junto do leito.
Instantes depois, a velha volta-se para ele, faz
sinal aos parentes para que se retirem, e começa a se confessar.
Em 1860,
um protestante idoso, recolhido num asilo de Paris, caíra perigosamente
enfermo, sem que houvesse esperanças de lhe salvar a vida.
As Irmãs
que serviam no estabelecimento, não podendo mais vê-lo recuperar a saúde do
corpo, preocupavam-se em ao menos lhe alcançar a vida da alma.
Fizeram,
com esse intento, diversas novenas e mandaram rezar muitas Missas, mas todos os
esforços pareciam destinados ao fracasso.
Finalmente,
um amigo da casa que veio num domingo visitar o doente, sabendo que era
iminente o perigo de morte a que estava exposto, aconselhou que lhe dessem a
medalha de São Bento, e caso não a quisesse aceitar, que a pusessem debaixo do
seu travesseiro.
Elas
seguiram imediatamente o conselho, pondo a medalha ao pescoço do enfermo.
Quando,
algum tempo depois, a mesma pessoa fez nova visita ao estabelecimento, teve a
consolação de saber que o protestante, no mesmo domingo em que havia sido
recomendado o emprego da medalha, à meia noite suplicara a graça de retornar à
verdadeira Igreja. Cumpriu com grande piedade seus deveres religiosos e faleceu
pacificamente.
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