segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Efeitos maravilhosos da medalha de São Bento - Graças Espirituais




O maior número de graças obtidas por intermédio da medalha de São Bento refere-se à conversão súbita e pecadores que anteriormente haviam resistido a todas as tentativas. Citaremos aqui somente alguns casos.


Em 1859, uma infeliz mulher foi comunicar seus dissabores a uma pessoa que conhecia as virtudes da medalha de São Bento.

O marido dessa mulher, trabalhador aliás honesto, tinha o péssimo costume de beber. Tudo quanto ganhavam ambos mal chegava ao fim da semana, e reinava, naquele lar, extrema miséria.

A pessoa de que acabamos de falar deu à mulher uma medalha de São Bento e lhe aconselhou que tocasse com a mesma a garrafa de vinho que punha à mesa ao lado do marido, e que ela bebesse somente água pura.

O marido, apenas acabou de beber, exclamou: “Que vinho horroroso! Prefiro beber água! Mas deixa estar que mais tarde descontarei isso”.

De fato, levantou-se da mesa, pediu dinheiro e foi logo a taverna vizinha, de onde costumava voltar altas horas, sempre embriagado.

Mas quinze minutos depois entra em casa e diz à mulher: “Parece uma conspiração contra mim; o vinho da taverna está ainda pior que o nosso”.

Passou calmo a noite. No dia seguinte, e daí em diante, a água ficou sendo a bebida habitual dele. A mulher, que era boa cristã, em breve conseguiu que ele passasse a cumprir seus deveres religiosos.


No mesmo ano de 1859,  uma mulher octogenária declarara querer morrer sem confissão, e já havia mais de sessenta anos que não se aproximava dos Sacramentos.

O Sacerdote, que fora chamado por um amigo, já dava como certo que ela recusaria seu ministério. Mas alguém lhe pôs na mão uma medalha de São Bento, dizendo: “Ide, não receeis”.

A velha volta o rosto para a parede e diz em voz alta: “Vou dormir”.

O Sacerdote lhe responde: “Tomais esta medalha e dormi; eu vou rezar”. E pôs-se de joelhos junto do leito.

Instantes depois, a velha volta-se para ele, faz sinal aos parentes para que se retirem, e começa a se confessar.


Em 1860, um protestante idoso, recolhido num asilo de Paris, caíra perigosamente enfermo, sem que houvesse esperanças de lhe salvar a vida.

As Irmãs que serviam no estabelecimento, não podendo mais vê-lo recuperar a saúde do corpo, preocupavam-se em ao menos lhe alcançar a vida da alma.

Fizeram, com esse intento, diversas novenas e mandaram rezar muitas Missas, mas todos os esforços pareciam destinados ao fracasso.

Finalmente, um amigo da casa que veio num domingo visitar o doente, sabendo que era iminente o perigo de morte a que estava exposto, aconselhou que lhe dessem a medalha de São Bento, e caso não a quisesse aceitar, que a pusessem debaixo do seu travesseiro.

Elas seguiram imediatamente o conselho, pondo a medalha ao pescoço do enfermo.

Quando, algum tempo depois, a mesma pessoa fez nova visita ao estabelecimento, teve a consolação de saber que o protestante, no mesmo domingo em que havia sido recomendado o emprego da medalha, à meia noite suplicara a graça de retornar à verdadeira Igreja. Cumpriu com grande piedade seus deveres religiosos e faleceu pacificamente.


(Livro A história maravilhosa e a eficácia comprovada da Medalha de São Bento, Dom Próspero Guéranger)

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